segunda-feira, 7 de julho de 2008

Blu-Ray, uma nova esperança

A chegada da alta definição representa um novo mercado de vídeo se abrindo e uma nova esperança para as video-locadoras e distribuidoras, mas novamente a falta de visão estratégica e dinamismo pode comprometer seriamente as boas perspectivas.

Após muito tempo de espera e muitos conflitos de interesses, o Blu-ray se consolidou como mídia definitiva da alta definição para espectadores domésticos. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, o crescimento das vendas de mídias e players do Blu-ray é bastante intenso e é previsto ainda para o próximo Natal que os norte-americanos gastarão mais no novo formato que nos DVD’s e praticamente todos os lançamentos já saem em ambas as mídias.

O Blu-ray possui um mecanismo anti-pirataria extremamente complexo. Eu tive a curiosidade de ler parte das especificações e compreendi que a pirataria será muito dificultada. Não digo que não haverá piratas porque ainda não surgiu no mundo mecanismo de segurança eletrônica que alguém na imensidão da internet não consiga quebrar. Mas, no mínimo, como aconteceu com o DVD, teremos alguns anos sem ver pirataria da nova mídia porque leva tempo até que se consiga fabricar produtos piratas em escala industrial a um preço extremamente baixo.

A Prime acredita muito no novo mercado que o Blu-Ray representa e já começou a investir. Foram montadas seções dedicadas à alta definição nas lojas para realçar ao cliente o salto de qualidade que a nova mídia traz . O que preocupa e pinta um futuro sombrio é a falta de comprometimento das distribuidoras com o novo formato. Fiquei abismado ao ver o preço de uma grande distribuidora pelo seus títulos: 120 Reais! Além disso, as opções ainda são muito escassas.

O alto preço dos DVD’s para as locadoras e consumidores finais alimentou a pirataria no Brasil. Ela só avança porque é caro comprar ou alugar filmes. Se a indústria pretende enfraquecer o mercado pirata, deve tornar os preços dos originais mais competitivos. Do contrário, as locadoras pouco investirão no Blu-ray e, por conseguinte, os consumidores não investirão em equipamentos pela falta de opções, reprimindo a demanda.

É um momento excelente para o mercado se unir e reconquistar o espaço perdido nos últimos anos para o crime organizado representado pela pirataria. As locadoras estão afoitas por esse respiro que a alta definição trará. Só que a 120 Reais não dá!

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